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Foto: Marcelo Oliveira (Diário)
Atualmente, resta apenas uma base de concreto no local onde deveria estar a creche
Os moradores da Vila Medianeira e arredores não se esqueceram do que deveria existir sobre a abandonada base de concreto perto da esquina das ruas João Batista da Cruz Jobim e General Osório. A EMEI Medianeira, iniciada em 2014 e largada ainda em fase inicial logo depois, pode, cerca de oito anos depois, sair do papel. No valor de R$ 4,2 milhões, está aberta a licitação para concluir a creche.
- Existe uma mobilização dos moradores. É uma promessa de anos. A primeira licitação não deu certo. Já fomos na prefeitura e agora parece que é para sair - conta a aposentada Carmen Terezinha Arboith, de 59 anos, que mora na região.
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A estrutura é uma das 10 creches do município previstas pelo Proinfância que foram prejudicadas após problemas com a MVC Soluções em Plásticos, que abandonou os projetos em todo o Estado. A única herança da época é uma base de concreto em meio ao matagal, que passou por serviço de roçada recentemente.
Essa base será reaproveitada pela empresa vencedora da licitação, que ainda terá de construir todo o resto em oito meses a partir da assinatura da ordem de serviço. O valor estimado é de R$ 4,28 milhões, sendo R$ 3,43 milhões para material e R$ 845 mil para mão de obra. Para comparação, a licitação para término da reforma do Calçadão prevê o valor de R$ 3,68 milhões. O projeto inicial da creche, de 2014, previa um investimento de cerca de R$ 1,5 milhões. Além da inflação, o projeto original também passou por modificações que encareceram o custo.
- No caso da obra, sabemos que ali passa uma sanga. Fizemos um projeto com proteção ao terreno com gabião, caso exista efetivamente essa necessidade. Foi um novo estudo. É uma região em que em um momento de chuva desce uma quantidade de água significativa. Essas questões todas não foram previstas lá atrás - explica o secretário de Elaboração de Projetos e Captação de Recursos, José Antônio de Azevedo Gomes.
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O projeto também foi adaptado para atender requisitos de acessibilidade e prevenção contra incêndio, além da construção de muros, entre outros itens.
- Queremos uma obra sólida, que no futuro não iremos ter qualquer tipo de dissabor relativo à alguma imprevisibilidade - afirma José Antônio, que garantiu que o projeto é bem respaldado no âmbito técnico e jurídico.
Quando finalizada, a creche poderá atender até 224 crianças em dois turnos ou 112 crianças em período integral.
A abertura dos envelopes com as propostas ocorrerá no dia 2 de maio, às 10h, na Sala de Licitações, no segundo andar da prefeitura.
DEMANDA ANTIGA
A creche é uma demanda antiga dos moradores do Bairro Nossa Senhora da Medianeira. A decepção com o abandono do projeto somou-se ao incômodo do terreno tomado pelo mato nos últimos anos e gerou uma indignação que permanece até os dias de hoje. Todos os moradores ouvidos pelo Diário na manhã de sexta-feira sabiam que no local deveria existir uma creche.
- A gente precisa da creche, estamos lutando há bastante tempo. Temos vários moradores, procuramos Câmara de Vereadores, fizemos abaixo-assinado, estamos esperando providências da prefeitura e a boa vontade do poder público - disse o vendedor João Martins, de 68 anos, que já presidiu a associação de moradores local.
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A construção é aguardada com expectativa.
- É positivo para muitas famílias da redondeza que têm crianças. Toda creche ou escola é sempre positiva - diz José Eduardo Antunes Ferreira, 54 anos, microempresário, que mora há 13 anos nas proximidades.